Nayeli e Bradford casaram-se com cerimônia religiosa seguida de almoço à moda mexicana na época de sua principal festa : o Dia dos Mortos.
Ao contrário de nossa cultura, é uma data alegre, festiva, animada em que os vivos fazem contato com seus mortos e os parabenizam oferecendo comida e bebida típicos em altares em casa ou cemitério, ao som de canto e música.
O casal inspirou-se nesse tradicional feriado porque acharam ser uma bela maneira de incluir todos os entes queridos, inclusive os falecidos, especificamente a mãe de Brad.
E também como demonstração de que o amor é eterno e segue a vida após a morte.
Comemorar o amor nessa vida, nesse momento e no futuro compartilhado.
Fizeram questão de que fosse uma festa bem ao estilo "feito em casa", "com as próprias mãos", com muito artesanato e peças crafts.
O casal e pais queriam manter as coisas de maneira simples, sem nenhuma ostentação.
A família unida contribuiu para o sucessso mais do que o esperado, tornando essa festa de casamento algo incrível.
Cada parente participou de alguma forma, dentro de sua criatividade e habilidade com design, execução de peças, arranjos, tecidos, louças, móveis ...
Viabilizando, inclusive, o evento financeiramente.
Assim as mesas da cantina foram compradas em lojas de móveis usados e depois revendidos, flores de milho do mercadão, placas sinalizadoras de madeira reciclada, bar feito com barris emprestados de uma adega, gelo em latões galvanizados e outros pequenos objetos de lojas tipo RS 1,99.
Ainda foram atrás de ofertas e promoções, bazares e brechós.
E, o melhor, a noiva com a mãe e as duas irmãs foram a Sayulita, no México, para uma maratona de compras para a decoração do chá de cozinha e casamento, voltando com 3 malas cheias de arte, tecidos e roupas que deram a cor, textura e sabor que pretendiam.
A noiva usou um maravilhoso vestido típico mexicano todo bordado à mão, com flores e predominância do verde, representado nas folhagens.
E o buquê extremamente colorido feito de flores de papel, outra característica bem mexicana.
As daminhas de honra com botas de couro, guirlandas de flores e fitas na cabeça e corações aplicados na parte traseira das calças.
As madrinhas, irmãs da noiva, usaram vestidos iguais, bordados manualmente e comprados no México.
E o pai veio a caráter, no estilo meio Texas meio México, como a comida, tex mex.
Durante a cerimônia os convidados sentaram em fardos de trigo cobertos com pedaços de tecidos.
Os pompons foram comprados de um comerciante no México, como o Sagrado Coração de espelho que reflete o amor de volta para a multidão.
Uma lembrança especial para a noiva foi o momento em que o filho de 13 meses veio sozinho pelo corredor e se atirou nos braços dos pais para encerrar a cerimônia com laço de ouro.
As mãos do casal foram unidas e abençoadas sob uma faixa de tecido do vestido de casamento da mãe de Brad para significar a união com o além.
Juntando assim o casal, os antepassados e o futuro.
As alianças, fugindo do tradicional, com caveiras, figuras típicas dessa data.
Não faltaram as conhecidas bandeirolas coloridas de papel picado ...
... objetos típicos como as cadeiras de cipó e de folhas de madeira, caveiras ...
... Sagrados Corações ...
... esqueletos, muitos arranjos de flores de papel ...
Um espaço foi reservado para a Cantina, onde eram servidas as bebidas, ...
... com garrafas de tequila, cerveja e refrigerantes gelando em tinas galvanizadas...
... vasos com flores de papel, placas ...
... copos à mão dos convidados.
Dois barris serviram de suporte para um tampo onde um barman preparava drinques mexicanos.
O casamento deu-se numa propriedade no Texas que eles gostam de chamar de "El Ranchito", com arquitetura e paisagismo típicos mexicanos.
Sob a sombra das árvores, a mesas com bancos para o almoço, enquanto as dos noivos eram de ferro forjado.
Para as passadeiras e os assentos, tecido renda branca e azul clara.
E mais flores de papel para corredor e os centros de mesa ...
... predominando as cores maravilha e amarelo.
Muitas flores e folhas de papel transforam-se em exuberantes arranjos presos a galhos e troncos de árvores.
Foram providenciados até um canto para os fumantes ...
... um para relaxar ...
... e outro para fotos ...
... com uma mala cheia de acessórios divertidos.
Como lembrancinhas foram entregues caixas de fósforos decoradas (referênciasempre às velas a serem acendidas) e mini altares com esqueletos.
Como a festa de casamento seria toda ao ar livre, a data teve de ser remarcada por duas vezes porque as chuvas torrenciais fizeram um belo estrago no local.
Mas todos os convidados e fornecedores colaboraram alterando as datas de viagens, reservas no hotel, a entrega de gelo e bebidas, até o bufê conseguiu se reorganizar.
E no dia definitivo todos ajudaram a limpar o terreno.
Assim, a data que seria por volta da terceira ou quarta semana de outubro acabou ficando para o Dia dos Mortos.
Motivo pelo qual o casal acredita que além de uma festa comunitária, a ocasião não poderia ser mais próprícia, quase um aviso, uma ironia.
Um verdadeiro alinhamento cósmico para os seus desejos quanto à ideia da eternidade.
Acharam que houve a perfeição em todas as falhas.
Federica
(fonte : http://greenweddingshoes.com)
Mas todos os convidados e fornecedores colaboraram alterando as datas de viagens, reservas no hotel, a entrega de gelo e bebidas, até o bufê conseguiu se reorganizar.
E no dia definitivo todos ajudaram a limpar o terreno.
Assim, a data que seria por volta da terceira ou quarta semana de outubro acabou ficando para o Dia dos Mortos.
Motivo pelo qual o casal acredita que além de uma festa comunitária, a ocasião não poderia ser mais próprícia, quase um aviso, uma ironia.
Um verdadeiro alinhamento cósmico para os seus desejos quanto à ideia da eternidade.
Acharam que houve a perfeição em todas as falhas.
Federica
(fonte : http://greenweddingshoes.com)
Que diferente. Gostei bastante da festa e da história toda.
ResponderExcluirAcredito que festas tem que ter um sentido especial, como esta, e isso melhora tudo.
Beijos
Oi, Paula, legal você nos acompanhar. Sim, também gostei do sentido que esses noivos deram à sua festa de casamento. E nem sempre o que parece triste, é realmente. Vale ver o contexto, os costumes, a cultura onde as coisas ocorrem. Aqui a morte foi celebrada de forma alegre e animada, exatamente como no dia de Muertos no México.
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